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ASSÉDIO ELEITORAL: O QUE É E COMO COMBATÊ-LO

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De uma hora para a outra, se multiplicam as denúncias de uma ilegalidade que vai se espalhando como um vírus nas relações de trabalho: o assédio eleitoral. Com certeza da impunidade, vários patrões e empresários se deixam filmar exortando os empregados a votar no candidato à reeleição. Ameaçam demitir, eliminar vagas ou até fechar o negócio. Em outros casos, dão uma gratificação em troca do voto e pedem para reter o título de eleitor. O empresário pode dizer que irá fechar vagas de trabalho e demitir caso o resultado da eleição não seja de seu agrado? Como deve o empregado se comportar nesses casos? Confesso que nunca havia me feito essas perguntas. Parecia óbvio que se trata de um crime e uma ilegalidade sem tamanho. Contudo, a fase atual do capitalismo e da política brasileira iliberal, de inspiração neofascista, levou a tamanho grau de degradação que a perda dos limites da ética, decência e civilidade nas relações públicas contaminam as relações privadas. Isso estimula condutas que

UMA ELEIÇÃO PARA DEFENDER A DEMOCRACIA

Na história brasileira, as oportunidades para exercício da democracia, ainda que concebida em moldes liberais, foram escassas. Durante a monarquia, somente votavam os que dispunham de posses, no sistema censitário. No longo período, hoje conhecido como primeira república, o poder do voto popular era escasso, dominado pelo coronelismo, influenciado pelo "voto cantado" e com participação ínfima da população. Abstraído o breve hiato da constituinte de 1934, somente tivemos eleições liberais após o Estado Novo. Mesmo neste período, que vai de 1946 até o golpe de 1964, há restrições ao livre exercício do direito de voto, com a cassação do registro de agremiações de esquerda. Com a eclosão da ditadura militar, perderam os brasileiros a possibilidade de votar para Presidente e vivemos largo período de repressão às liberdades públicas. Enfim, com a Constituição de 1988, abriram-se as portas para que os brasileiros pudessem, enfim, participar mais ativamente da vida política. Se comem